Roberto Bolaños - Por Super AHAM Fã
E aí, pessoal?! Tudo blz? Mais rápido do que nunca, estamos de volta com mais uma postagem sensacional do nosso super-redator Super AHAM Fã! Para nossa tristeza, hoje completou um ano do falecimento de nosso querido Roberto Bolaños, o eterno Chaves! Com vocês, a matéria.
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Olá,
pessoal, hoje faz um ano da perda do saudoso Roberto Gomés Bolaños, criador de
Chaves e Chapolin e tantos outros personagens, sucesso em vários países ao
redor do mundo. Então, escrevemos (digitamos) as próximas linhas para esta data
não passar em branco em singela homenagem a este grande gênio que foi apelidado
de Chespirito, numa analogia ao poeta inglês Wiliam Shakespeare. Agora, vamos
relembrar um pouco da trajetória dele querendo por querer!...
Roberto
Gomés Bolaños
(Créditos:
Tu History)
Roberto
Gomés Bolaños nasceu na Cidade do México em 21 de fevereiro de 1929. Passou por
diversas profissões, dentre elas, no esporte tentou ser jogador de futebol e
não teve futuro nas quatro linhas devido ao tipo físico, além de ter
participado de lutas como boxeador, assim, como o Seu Madruga em El Chavo Del Ocho (Chaves,
produção de 1972), pois é, pois é, pois é! As participações nos ringues eram escondidas
da própria mãe (:-O)! Ele formou-se em Engenharia Elétrica
pela Universidade Nacional Autônoma do México. Apesar disso, começou a ter a
carreira abrilhantada escrevendo textos para programas de rádio e televisão.
Roberto
Gomés Bolaños ainda bebê em seu andador.
(Créditos: ChavesWeb.com)
(Créditos: ChavesWeb.com)
A estréia de Chespirito como ator na TV foi em “Los
Supergenios de la Mesa Cuadrada ”
– (Os Supergênios da Mesa Quadrada de 1968). Ótimo título, afinal, para mim, Bolaños
era e sempre será um gênio. Deve-se destacar a genialidade dele num dos
seriados de maior sucesso: Chaves.
Los
Supergenios de la Mesa
Cuadrada
(Créditos: Chespirito.org)
(Créditos: Chespirito.org)
Antes
de falar dos personagens e do cenário, é interessante lembrar que em média, de
trinta em trinta segundos, havia uma piada ou cena engraçada no enredo. Se você
nunca notou isso, experimente ficar mais atento a este detalhe. Eu,
particularmente, acho isso muito bom porque deixa a história sempre levando
para o lado cômico e engraçado, tornando o clima de humor constante na trama. O
criador de Chaves foi o primeiro ou um dos primeiros a fazer isso e hoje em dia
existem vários seriados com essa mesma métrica das piadas com risadinhas ao
fundo (canned laughters). É bom demais, diga-se de passagem.
Turma
do Chaves da Esq. para a dir.: Senhor Barriga, Dona Florinda, Chaves, Professor
Girafales, Chiquinha, Seu Madruga e Dona Clotilde.
(Créditos: Wikipédia)
(Créditos: Wikipédia)
Além da originalidade dos personagens, Bolaños
desenhava os cenários dos seriados. De maneira singela, ele cativou multidões. Atingindo todas as classes sociais e diversas culturas. Chaves e Chapolin são
seriados dos anos 70, porém, se pensarmos por esse lado, já estariam ultrapassados, mas com a intelectualidade de Roberto Bolanõs, não. Passaram-se décadas e
várias gerações continuam a assistir reprises destes programas televisivos.
Isto porque a obra de seu autor é atemporal. Ela rompe a barreira do tempo e
espaço. Devido ao aspecto da lisura das
características dos pontos que já foram citados (personagens e cenários), foi
feita uma versão em desenho animado do menino que mora no oito no ano de 2006 e
não precisaram fazer nenhuma atualização. Tanto as roupas quanto os cenários
são estritamente os mesmos. Trinta e quatro anos após o primeiro episódio de
Chaves. O enredo, os conflitos, e as piadas continuam os mesmos. Não é incomum
ouvir um fã destes programas assistir aos mesmos episódios e, consequentemente,
ouvir as mesmas piadas e rir de novo. Dar risadas vendo a mesma piada.
Galera, é genial!
Chaves
em desenho animado
(Créditos: 25.media)
(Créditos: 25.media)
Além
da simplicidade, algo que chamava a atenção em El Chavo Del Ocho
(literalmente: O Menino do Oito), são as mensagens passadas pelos personagens.
Por exemplo: a Chiquinha e a Dona Florinda mesmo sendo do sexo considerável frágil,
eram as grandes forças da vila onde moravam cujo dono era o Senhor Barriga. A
Chiquinha estava sempre manipulando os garotos e, às vezes, até os adultos,
tirando vantagem disso. A Dona Florinda batia no Seu Madruga e o mesmo não
reagia temendo a ira dela além de ter a hombridade de não bater numa mulher. O Seu Madruga era considerado um vagabundo, apesar
de já ter trabalhado em diversas profissões: como carpinteiro, lutador de boxe,
barbeiro, sacoleiro, sapateiro, técnico de futebol americano, empresário,
vendedor de churros, dramaturgo, apresentador, fotógrafo, mecânico e muitas
outras. Ou seja, só porque o cara não vai pro trabalho todo dia, não possui
carteira assinada, ele não é trabalhador? Claro que não! O Seu Madruga sendo uma
das pessoas mais humildes ele tinha a longanimidade de compartilhar a pouca
comida que tinha com o Chaves. E não acaba aqui a quebra de paradigmas. O
Senhor Barriga, apesar de ser o mais rico, era o mais altruísta. Quem recorda do convite ao Chaves para ir passar as férias com ele em Acapulco
ou quando ele perdoou os quatorze meses de aluguel devidos do Seu Madruga, pois
ele sabia que o pai da Chiquinha não tinha para onde ir?
Homenagem
feita a Ramón Valdes e Roberto Bolaños
(Créditos: 4bpBlogspot )
(Créditos: 4bpBlogspot )
Nós vemos também no seriado do Chavinho críticas
sociais, como o fato de o Professor Girafales sempre desconversar com a Dona
Florinda quando a mesma falava sobre casamento ou um compromisso sério. Não
tenho dúvidas de que ele gostava dela, entretanto, será que ele conseguiria
sustentar uma casa com o salário de professor? A crise econômica, algo bastante
falado hoje no Brasil, é bem latente no programa. Você vê o Seu Barriga numa
classe alta ou média alta, a Dona Florinda é pensionista do Pai do Kiko/Quico, Dona
Clotilde é aposentada, Seu Madruga é pobre, não consegue arrumar emprego fixo e
o Chaves é praticamente um menino de rua. Ou seja, questões bastante atuais nos
dias de hoje. Afinal, todo mundo na grande parte da população conhece pessoas
assim. O Chespirito tem uma forma de falar com o público bastante parecida com
a de Charles Chaplin. Chaplin fez um filme intitulado “Tempos Modernos”,
produção de 1936 onde ele mostra de um jeito simples, pueril e irônico, o
quanto a maioria das pessoas trabalhava muito como máquina, isto é, a
exploração do trabalho. Algumas coisas melhoraram, mas ainda vemos ou vivemos
muito disso em nosso cotidiano.
Chapolin
(Créditos: 180graus)
(Créditos: 180graus)
E
o que posso dizer sobre Chapolin (El Chapulín Colorado de 1972) é a enorme
peculiaridade que este herói possui. Enquanto havia vários personagens, fortes,
poderosos, destemidos, com super poderes, o Chapolin já não era tão mais forte
que um rato, tinha medo das contendas, atrapalhava mais do que ajudava. Ele era
o contrário de heróis famosos como: Superman, Batman, Jaspion. O polegar
vermelho era praticamente um anti-herói. E isto faz de Chapolin um herói
completamente original e cativante. Afinal, em muitos momentos nós, pessoas
comuns, nos identificamos com ele. Em muitos momentos da minha vida, e até mesmo,
num dia comum, e corriqueiro me sentir como o Chapolin. Às vezes, eu sinto
medo, me atrapalho e consigo escapar do perigo por pura sorte! Isto é, uma
visão totalmente antagônica que vemos de super-heróis é o que podemos notar
neste personagem de Roberto Gomés Bolaños. E Chapolin fez tanto sucesso que
ganhou um personagem inspirado nele na famosa série de TV americana The
Simpsons.
(Créditos:
fbenariomusic)
Pessoal,
poderíamos falar sobre diversas outras coisas. Este post é apenas para não
deixar passar esta data despercebida (um ano sem Bolaños!). E, infelizmente, no
último dia 21, também perdemos o ator que interpretou o primo do Seu Madruga,
Germán Rolbes. Fica aqui, o nosso desejo de conforto a todos os fãs e
familiares destes grandes artistas. Existem muitos assuntos a serem tratados
futuramente sobre ele e as respectivas obras. Espero que tenham gostado. ♫
E, Chespirito, ♫ Gracias
por siempre! ♪
Escreveu aqui, Super AHAM Fã: que digitou com movimentos friamente calculados!...
Belo texto! Essa ilustração do Chaves encontrando o Seu Madruga no céu é emocionate!
ResponderExcluirNossa, já tem um ano que nosso amigo Bolaños se foi, como passou rápido! Não importa onde ele esteja, até hoje esse cara leva alegria para a casa de muita gente! Seus personagens são imortais e suas piadas nunca perdem a graça, pois como o próprio texto diz, a gente vê as mesmas piadas e elas sempre parecem novas, sempre nos fazem rir. E Chaves é um daqueles fenômenos que todo mundo conhece, até gente que não é chegada em TV sabe quem é o Chaves!
O legal do desenho do Chaves é que ele possibilitou a apresentação de cenários que não tinham como aparecer no seriado. Inclusive, o desenho gerou um game de corrida para o Playstation, é bem divertido observar todo o universo de Chaves nas pistas.
Como um grande fã, que assiste Chaves até hoje, que tem várias camisetas dos personagens, e que tem até uma caneca na forma do barril do Chaves, só posso agradecer ao grande Bolaños por toda a alegria que ele me concede até hoje!
Realmente, um gênio e deixa muita saudade.
ExcluirUm dos posts mais legais que vi hoje no Fórum do Chaves no Facebook foi um que disse que Bolaños é eterno, ele partiu da vida física para a eternidade.
Hoje ri de uma piada do Chaves:
O Chaves diz enquanto todos fazem prova na escola:
Eu sei todas as perguntas deste exame.
O Quico/Kiko pergunta:
Sabe mesmo?
E ele responde:
Sim! Agora só falta saber as respostas.
É desse tipo de humor pueril que sinto falta.
Nobres Ronin e Thiago Paulini, prazer vê-los por aqui!
ExcluirRealmente, a partida dele foi muito sentida, mas ele deixou um excelente legado para essas novas gerações que estão surgindo! As piadas simples e com respostas óbvias eram as mais engraçadas!
Aproveito também para justificar minha ausência nas suas postagens, Ronin! Ultimamente tem sido bem difícil ser assíduo nas leituras e comentários, quiçá as próprias postagens!
Mês que vem parece que será mais tranquilo, espero trazer assuntos legais pra os leitores! Abração, rapaziada!
E obrigado pelo elogio sobre o texto: quando a gente fala sobre o que a gente gosta, fica muito mais fácil escrever.
ResponderExcluirqueria um desenho do girafales chegando no ceu
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