Banca de Jornal

 Olá, queridos leitores! Tudo massa? Estamos de volta para falar sobre um tema que é motivo de felicidade para o pessoal das antigas: as famosas Bancas de Jornal! Se elas ainda existem, então qual a ideia dessa postagem?



- E aí, seu Antônio, chegou aquela edição?
- Chegou sim, até guardei o seu. Vai um refri?


O que me chamou atenção é que o número delas está diminuindo cada vez mais. Na cidade em que resido, pouco a pouco elas estão se convertendo em bancas de capinhas para celular ou simplesmente fechando.


O que tinha de interessante por lá?



Tinha de tudo! Gibis da Turma da Mônica, Disney, Marvel, DC Comics, dicas e truques para videogames, a tão conhecida revista Herói (que havia estreado junto do sucesso estrondoso de Os Cavaleiros do Zodíaco) e muito mais! Com o passar do tempo, passamos a ter acesso aos famosos mangás e também as queridas revistas da coleção Como Desenhar.


Década de 1990 e início dos anos 2000


Os leitores mais antigos devem se lembrar de minhas aventuras para adquirir a coleção “Como desenhar Mangá”.


Sempre que eu ia ao centro da cidade, tinha que passar na banca para dar aquela conferida na seção de desenhos, para ver se haviam chegado novidades. O melhor de tudo era quando os fascículos da série "Como Desenhar" estavam em promoção, sendo vendidas duas revistas pelo preço de uma, que as tenho até hoje.

Chegando um tal de Ensino Médio, precisei dar um tempo na procura por revistas, tendo que me concentrar nos estudos durante alguns anos. Após isso, veio a fase de preparação para concursos, que se estendeu até meados de 2006.


Década de 2010


Depois de começar a trabalhar, pude finalmente comprar meus mangás (2010). Era uma aventura e tanto, pois morava no Rio de Janeiro e estava de mudança marcada para o interior do estado de Mato Grosso do Sul.



Claro que não existiam bancas de revista por lá, então todos os meses eu comprava pela internet. Naruto Pocket, Fairy Tail, Rurouni Kenshin, Basilisk e vários outros títulos passaram por minhas mãos. Quando ia até a capital, aproveitava para procurar pessoalmente cada edição, passando por várias bancas.
Essa foi uma fase que durou somente até 2013, quando apareceram as Action Figures e tomaram de conta de minha coleção, perdurando até hoje.



Isso não significa que cancelei minhas visitas às bancas, muito pelo contrário. Atualmente, costumo procurar pelos primeiros fascículos da Planeta DeAgostini, que sempre trazem figuras ou carrinhos num preço bem acessível (Naruto, Fusca). Até adquiri miniaturas de instrumentos musicais e vários cadernos de atividades para meu filho.



Década de 2020 e contando...


Em 2020, com o auge da pandemia, pude perceber que as bancas do centro estavam sendo absorvidas por capinhas de celular, sem contar as que definitivamente fecharam. 


Infelizmente, neste ano de 2021, a banca mais próxima de minha casa se converteu em um misto de de jornais e brinquedos, além de DVDs piratas. O acervo foi reduzido a praticamente 25% e não me desperta mais a curiosidade para visitar.



Como será daqui pra frente?


Mas o que está causando tudo isso? A inovação tecnológica? Preguiça de ler? Será que as pessoas estão realmente adquirindo revistas digitais ou se contentando com os canais do Youtube?


Alguns guerreiros ainda se mantém na forma escrita, mesmo que de modo digital, como meus nobres amigos Alexandre Nagado e seu Blog Sushi Pop, Usys222 com a Casa do Boneco Mecânico, Ronin do Anime Brilliant Blog e o Yanker com sua Estante e, na medida do possível, nós aqui com o Super AHAM!

O fato é que as bancas tiveram e ainda têm a sua importância na nossa formação como cidadãos! Não se sabe até quando elas vão existir, mas o que não pode acontecer é deixarmos de ler, nos informar, independente da forma utilizada. Portando, valorize quem ainda escreve, tenha em mãos de vez em quando um livro físico ou faça uma visita às suas revistas antigas.

Mas aí, conta pra gente suas experiências com essas bancas! 

A gente se vê nas próximas postagens!

Comentários

  1. Bancas eram realmente um mundo maravilhoso, com todas aquelas revistas, kits de montar de papel, gibis. Adorava e toda vez que via ia dar uma olhada.

    As coisas mudaram de uns tempos para cá. Vieram as grandes livrarias e depois os sites de vendas. As coisas ficaram mais práticas e isso não é uma coisa ruim. É graças a isso que finalmente posso conseguir revistas japonesas quase no mesmo mês de lançamento ao invés de ter de esperar três meses para chegar aqui. Mesmo assim me lembro da alegria de ir a uma dessas bancas ou livrarias. E consigo me maravilhar quando vou a uma.

    Nos tempos atuais, em que temos opulência de conteúdo, fica difícil parar e focar em uma só coisa e leitura exige concentração. Exige parar para prestar atenção. Nessas eu fico pensando se a mídia escrita é realmente adequada para os tempos de agora em que temos a oportunidade de absorver conteúdo, por exemplo, ouvindo um podcast enquanto fazemos as tarefas domésticas.

    É o tipo de coisa que fiquei pensando este ano. Por isso fiquei meio bloqueado e não deu para escrever tanto quanto o normal. Mas isso é outra história. Esta matéria foi muito boa para refletir sobre esse assunto e acho que era isso que eu precisava. Mais uma vez, foi bom ter vindo aqui. Agradeço por tê-la escrito.

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    1. Super Usys! Essa é a parte boa, a que justamente ficou no passado, por conta das evoluções tecnológicas. Chega a ser um pouco egoísta da minha parte querer que isso dure para sempre, mas sabemos que não é possível.

      Além das grandes livrarias, temos um parente próximo das bancas, o famoso "sebo". É como se fosse uma super banca, com muita coisa das antigas e várias atuais, também. Ir a um lugar desses é muito bacana. Mas há coisas que não fazem mais sentido virar escrita enquanto temos podcasts e resenhas! Costumo ver reviews de figuras enquanto lavo louça.

      Este ano também me deixou um pouco travado, tanto que as histórias diminuíram e o número de fotos aleatórias aumentou. Não foi de todo ruim, porque também aumentaram as visualizações. As pessoas querem ver mais imagens do que letrinhas. Então vou ter que me esforçar para passar minha mensagem com imagens.

      Agradeço de coração por expressar sua opinião! Não é a primeira vez que me deparo com um ponto de vista diferente que me faz repensar quase tudo o que escrevi!

      Até as próximas postagens!

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  2. Cenário sensacional Adelmo!!! E uma matéria que trouxe muita nostalgia e reflexões. Realmente as bancas desempenham um papel cultural muito significativo, levando a leitura mais próxima à população. Minha primeira coleção, muito anterior aos bonecos foram os quadrinhos, e era nas bancas que conseguia encontrá-las, durante anos na saída da escola passava na banca do saudoso Charles que sempre separava minhas edições. Hoje aqui em minha cidade as bancas também estão escassas, e essa transformação em lojinhas de produtos diversos também aconteceu aqui. Com a popularização da internet revistas como Heroi, Henshin, Anime>DO perderam espaço e foram descontinuadas, além de que comprar pela net acaba saindo mais barato do que nas bancas, fora os problemas de distribuição e constantes atrasos na chegada das publicações fora dos grandes centros. A mídia escrita segue por um caminho perigoso de extinção, e é assustador imaginar que até os quadrinhos podem um dia chegar também a esse ponto. Até aqui na interweb é notório a preferência por vídeos pela maioria. Eu continuo na resistência escrita (rsrs), acompanhando os amigos que ainda seguem esse caminho. Mais uma vez parabéns pela bela matéria! Grande abraço!!!

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    1. Super Yanker! Muito obrigado!
      Esse é o ponto que gostaria de destacar, esse sentimento de encontrar a edição tão esperada, a amizade com o tio da banca, essas coisas que não tem preço.
      Infelizmente, mesmo com a evolução da tecnologia, esse problema de atraso ou não distribuição de alguns exemplares era algo bem desagradável.
      O desinteresse das pessoas pela leitura é algo preocupante. Sabemos de todo o dinamismo de um vídeo bem montado, podcasts bem gravados, mas não há nada que substitua um bom livro ou até mesmo uma rápida leitura de 5 min num Blog! Ainda quero manter esse costume enquanto puder! Até porque fotografias precisam ser publicadas em algum lugar e em um vídeo não é o melhor hehehehe!
      Tamo junto nessa resistência!

      Valeu pelo apoio de sempre! Abração!

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  3. Como eu gostava de ir em bancas, desde pequeno!
    Quando estudei no centro da cidade sempre dava uma conferida nas bancas no caminho, sempre de olho nas capas dos quadrinhos novos. Muitas coisas eu só descobri que estavam saindo aqui no Brasil por ver exposta na banca, como Sakura Card Captor e Fushigi Yuugi. Essas olhadinhas nas bancas renderam várias compras aleatórias hehehe.
    Não tem jeito, eu sou da velha guarda. Gosto de ler matérias escritas, e gosto de ler livros e revistas em mídia física.

    Aqui as bancas também estão quase extintas, tem uma que outra revista, de resto é cigarro, capinha de celular, e bala Halls. Algumas atualmente estão mais pra bazar do que pra banca.

    O grande problema foi a queda da Editora Abril, a distribuição não foi mais a mesma depois que a Abril perdeu quase tudo, fora a internet que fez muita gente preferir ler scan. Ainda teve toda a crise editorial, seguida da pandemia em 2020 que detonou as bancas de vez. Uma pena.

    Lembro que em 2019 o canal 2quadrinhos fez uma matéria entrevistando donos de bancas de revistas, que ainda estavam esperançosos sobre o mercado editorial. Mas infelizmente logo depois veio a pandemia e a coisa não melhorou.

    Ainda bem que aqui na minha cidade tem uma bela comic shop, onde faço as comprinhas do mês! Comprar pela internet é prático, mas nada supera a experiência de ver as novidades nas prateleiras e dar uma folheada! E de quebra ainda se encontra uns amigos pra falar sobre as nerdices atuais XD




    Ah claro, e que moleque nunca deu uma paradinha na frente da banca pra ver qual era a famosa do mês na capa da Playboy? Clássico, hehehehehehehe!

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    1. Super Ronin! Que legal, cara! Quando novinho, lembro de veros gibis da turma da Mônica e os da Disney. Depois veio a fase de desenhar e mangás, que eu sempre folheava. De vez em quando, temos essa chance em shoppings, naqueles stands montados no meio do pátio. É muito bom poder folhear uma revista que curtimos!

      Cara, isso é bem triste, mesmo. Mas é como nosso amigo Usys falou, devemos uma parte disso à tecnologia. Realmente, é muito bom poder receber em casa um material que não seria encontrado facilmente nas bancas.

      Não tinha pensado no impacto causado por essa fase da Editora Abril. Fui assinante de algumas revistas, como a Super Interessante, além de comprar alguns títulos da editora aleatoriamente.

      Uma pena que esse negócio não tenha sobrevivido. Até porque já não faz tanto sentido produzir tanto material para ter prejuízo, então uma alternativa é a venda sob demanda/encomenda. A própria editora Planeta DeAgostini já não distribui tanto seu material pelas bancas, é quase tudo via assinatura.

      Aqui, tenho o escape dos "sebos" no centro da cidade, além dos stands que aparecem nos shoppings. É de lá que vem algumas revistas bacanas e até mesmo colecionáveis!

      Seção Safafeza
      Quem nunca passou por acidente em frente a uma seção dessa? Que atire a primeira página!

      Valeu pela visita, meu caro! Apareça mais vezes pra gente dar uma volta de Delorean por aí!

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