Museu Militar Brasileiro

Olá, queridos leitores! Tudo bem? Estamos de volta com mais uma postagem diferente, ainda no âmbito cultural, dessa vez, trazendo um pouco da história das Forças Armadas Brasileiras. No dia de ontem, tive o prazer de visitar o Museu Militar Brasileiro, com um dos maiores acervos militares da América Latina.

Créditos

Apertem os cintos, peguem seus caderninhos de anotações e preparem-se para uma viagem no tempo, mais ou menos para a época da Segunda Guerra Mundial.

ASSOCIAÇÃO CULTURAL MUSEU MILITAR BRASILEIRO

O Museu Militar Brasileiro foi fundado em 18 de abril de 2009. Trata-se de uma Organização Civil e sem fins lucrativos, que busca recolher, preservar e expor peças referentes à história das Forças Armadas Brasileiras. São mais de 160 viaturas expostas (caminhões para transporte de tropas, ambulâncias, jeeps raríssimos, das mais diferentes nacionalidades e emprego), canhões antiaéreos e também 2 aviões Boeing 737-300 restaurados, sendo um deles ambientado em sala de cinema e o outro adaptado para exposição de artigos militares  conforme fotos ao longo da matéria. Para maiores detalhes, há alguns vídeos no YouTube mostrando um pouco mais desse espaço.

LOCAL E FUNCIONAMENTO

Sua sede e foro estão localizados no município de Panambi - RS, na BR 285 - Km 420, tendo como responsável e diretor o Sr. Sefferson Steindorff, que é colecionador há mais de 33 anos. O Museu está aberto para visitação de Segunda a Sábado, das 8:00 às 11:30h e das 13:30 às 18:00h. Nos domingos e feriados, das 10:00 às 12:00 e das 13:30 às 18:00h, mas é bom dar uma ligada para confirmar. O contato é (55) 3375-0310.

PASSEANDO PELO MUSEU

Antes de entrar no Museu, logo de cara nos deparamos com uma loja de artigos militares e várias opções para presentes. Não resisti aos fuscas e acabei comprando um para o Super Oliver, que é fã desse modelo.

Alguns dos itens disponíveis na loja

Ao adentrarmos, somos recebidos pela equipe, que nos dá as boas vindas e nos acompanha durante o trajeto pelo Museu.

A primeira atração é o Boeing adaptado para cinema. É exibido um filme do History Channel, de 45 min, contando sobre a preparação de uma equipe brasileira que estava se dirigindo à Itália para "reviver" as fases da Segunda Guerra, devidamente caracterizados como pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira). Essa viagem contou com dois jeeps restaurados, fardas e até mesmo com os armamentos utilizados (adaptados para colecionadores, conforme lei local). Não era apenas uma tela como se vê na foto - depois apareceu outra como mágica para a segunda metade do avião.

Findado o filme, posamos para uma fotografia na escada do avião.

Não vou mostrar todas as peças aqui, pois a  matéria ficaria extensa e muitos perderiam a vontade de visitar o local pessoalmente! Muitas viaturas foram recuperadas fielmente, conforme modelo original, mas em outras foram mantidos os danos causados nas batalhas, como o Jeep acima. Há também sucatas de aviões irrecuperáveis, carros de combate (tanques de guerra) perfurados por projéteis e muito mais.

 

Cada peça da exposição conta com uma plaqueta, contendo as informações do material como ano de fabricação e onde foi empregado.

 

Dois de vários modelos de carros de combate blindados existentes no Museu.

 

Materiais de uso individual: marmita, caneco e cantil. Na parte coberta por vidro estão os itens que compõem a ração operacional, onde são desidratados, de fácil preparo e com um longo prazo de validade.

 

À esquerda temos um exemplo de kit higiene, além de acessórios de usos diversos. À direita, alguns distintivos da FEB, que eram costurados nos uniformes.

Essa aeronave é o famoso Búfalo C-115. Foram adquiridas 24 unidades em 1968 pela Força Aérea Brasileira e utilizadas para transporte de carga leve e lançamento de paraquedistas, aposentada em 2007. Hoje, as que cumprem essa missão são o C-130 Hércules, C-105 Amazonas e o C-95 Bandeirante (mais para o transporte de pessoal).

 

Evolução da tecnologia nas Comunicações. Alguns modelos de rádio e telefone. Acreditem, muitos desses aí ainda funcionam!

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E é isso, pessoal. Espero que tenha despertado o seu interesse para conhecer um pouco da história de nossos heróis, que deixaram suas famílias para lutar pelo país em território estrangeiro - e acreditem, os pracinhas da FEB tiveram participação fundamental na rendição dos nazistas na Itália.

É mais fácil para quem for da região, mas nada impede os demais (que curtem entender o passado) de virem até o Rio Grande do Sul e ver com os próprios olhos essas peças incríveis. Eu fui porque já estava aqui e deu certo com a ocasião. Há um trecho de uma canção do Rosa de Saron que diz: "Se o mundo não conhece a própria história, está condenado a repeti-la" - é com esse verso que encerro o passeio de hoje. Até a próxima!

Adelmo Veloso