Quem mexeu no meu queijo?

Olá, queridos leitores! Tudo bem? Estamos de volta com mais um Outra Dimensão, trazendo a recomendação de mais uma obra e fazer vocês refletirem um pouco sobre como andam as suas vidas e, por que não pensar em mudança?


Prepare-se para ver uma historinha simples, mas muito profunda! Who moved my cheese? é uma obra obrigatória para todo mundo!

A HISTÓRIA

Esta obra conta a história de colegas que se encontraram para almoçar após uma reunião na escola secundária, que aconteceu na noite anterior. Lá eles começaram a conversar sobre o que cada um tinha feito da vida, quem tanto havia mudado ou permanecia do mesmo jeito que antes. Após ouvidas as trajetórias de cada um, Michael conta a história do queijo e quatro pequenos personagens, que aborda um assunto bastante difícil para todos, mas que traz ótimas recompensas: mudança.

Os quatro personagens eram dois ratinhos, Sniff e Scurry, e dois homenzinhos, Hem e Haw. Eles tiravam o sustento de um labirinto, onde precisavam procurar queijo para se alimentar. O que havia em comum entre eles era o tamanho, o costume de vestir roupas e colocar o tênis logo cedo para iniciar a corrida no labirinto. A diferença é que os ratinhos eram mais enérgicos e objetivos, não pensavam muito, mas também erravam bastante, pois se perdiam e muitas vezes se chocavam entre si. Os homenzinhos já pareciam ser mais “espertos”, pois eram dotados de raciocínio, crenças e sempre se planejavam antes de entrar em qualquer parte do labirinto, evitando lugares escuros e desconhecidos.


Após algum tempo, Hem, Haw e os ratinhos encontraram um posto cheio de queijo, o Posto C. Diariamente os homenzinhos vestiam suas roupas, calçavam o tênis e partiam pra lá. Foi estabelecida uma rotina, de maneira que até se mudaram para próximo de lá. Consideraram que aquele queijo era deles, mesmo sem fazer ideia de onde vinha. Com o tempo, passaram a acreditar que eles mereciam o queijo, pois era mérito do esforço deles, tanto que essa confiança toda se transformou em arrogância. Já os ratinhos, antes de se sentarem para roer o queijo, davam uma volta em torno do posto C para saber se havia tido alguma mudança, pois tinham a impressão que aquilo não duraria para sempre – e até repararam que a pilha estava diminuindo!

Não teve outra. Assim como todos os outros dias, Hem e Haw levantaram e partiram para o posto C em busca do queijo “merecido”, mas algo “inesperado” aconteceu: o queijo não estava mais lá! Eles ficaram pasmos e foram pegos totalmente de surpresa. É aí que começa a reflexão deles: “quem mexeu no meu queijo?!” - e passam mais tempo resmungando do que pensando numa solução para aquele problema, que era sair em busca de mais queijo, medida tomada pelos ratinhos Sniff e Scurry. Essa parte é uma das mais marcantes da obra, pois faz uma comparação idêntica às nossas vidas. Geralmente estamos acostumados a viver com o que temos, sem almejar grandes mudanças, ou quase nenhuma. Até desejamos melhorar o padrão de vida, mas não fazemos o mínimo de esforço para mudar, pois mudança exige renúncia, suor e muita força de vontade.


A teimosia ainda persiste entre os homenzinhos, pois diariamente eles caminhavam até o posto C na esperança de reencontrar o queijo deles. Mas não havia sucesso, havia uma realidade: não havia queijo. Começaram a se aborrecer e ficar com muita fome, até que Haw teve a ideia de sair para procurar pelo novo queijo. Simples, mas extremamente complicada para o Hem, que ainda não aceitara o fato de não ter mais queijo no posto C. Foi um longo debate entre eles, pois o labirinto era fácil de se perder, havia caminhos escuros, becos sem saída e áreas desconhecidas. A fome só aumentava, trazendo consigo a fraqueza. Já os ratinhos, após algum tempo, mediante tentativa e erro, tinham encontrado uma enorme pilha de queijo no posto N – a maior que já tinham visto em toda a vida.

Haw, depois de refletir bastante, mas sem conseguir convencer seu amigo Hem, decide sair em busca do novo queijo, pois o queijo de ontem não existe mais. Ele começa a rir da própria insensatez e percebe que correr atrás do seu objetivo não é tão ruim assim, já que se ele não fizer nada, não terá queijo, enquanto a busca pelo labirinto pode levá-lo ao novo queijo.
É aí que se inicia a grande lição desse livro. Mudança exige atitude. É bastante difícil sairmos do lugar de acomodação rumo ao tão sonhado objetivo. A situação dos homenzinhos era ainda mais perigosa, pois se não tomassem logo uma decisão, poderiam morrer de fome. A interação entre os quatro personagens é uma metáfora do que buscamos em nossas vidas, assim como o labirinto é o local onde costumamos perder nosso tempo procurando aquilo que tanto desejamos.

Após alguns dias, Haw encontra alguns pedaços de queijo pelo caminho, mas não o suficiente para deixá-lo tranquilo. Isso não o desanimou. Ele até guardou um pedaço para levar ao seu amigo Hem, mas este recusou por acreditar que não fosse gostar, antes mesmo de provar. Isso nos remete novamente às nossas vidas. Estamos tão acostumados a fazer sempre a mesma coisa, que temos medo da mudança, sem saber se ela é boa ou ruim. Hem apenas queria esperar uma nova reposição de queijos no posto C. Depois disso, Haw o deixou para trás e seguiu seu caminho atrás de um novo queijo. À medida que ele ia tendo pensamentos marcantes, parava e riscava na parede, pois aquilo serviria de pista para seu amigo, caso mudasse de ideia e fosse à procura do novo queijo, também. Foram becos sem saída, caminhos escuros e várias vezes passou pela cabeça de Haw a vontade de desistir, mas lembrou que continuaria com fome e sem expectativa de vida.


Depois de tudo isso, não demorou para que Haw encontrasse uma nova pilha de queijo. Nunca tinha visto tanto queijo junto em toda a sua vida! Foi quando tirou o tênis, amarrou um ao outro e aproveitou para matar a fome. Lá ele também encontrou os ratinhos, que estavam bem barrigudinhos – então deduziu que já estavam lá há algum tempo. Passou pela cabeça a vontade de ir até o amigo Hem para trazê-lo ao posto N, mas lembrou que já tinha feito isso uma vez e ele recusou. Fica para nós uma grande lição, onde não podemos alcançar resultados diferentes fazendo sempre as mesmas coisas, e que se não temos nada de queijo (aquilo que desejamos) no momento, a melhor coisa a se fazer é ir atrás de uma nova fonte, pois não podemos confiar no acaso. Findada a história dos pequenos seres, os amigos se reúnem para discutir sobre o que entenderam da lição, além de revelar planos a serem colocados em prática desde já.

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E é isso aí, pessoal. Espero que tenha despertado o seu interesse de buscar essa obra, que tem um preço bastante acessível e pode ser facilmente encontrado nas livrarias. Há uma versão animada no YouTube, mas está em inglês. Também há outros vídeos com resenhas e até com animações explicando um pouco da essência desse livro. Como é uma resenha, não contei o final exato, então você terá de descobrir o teor da conversa dos amigos e o que aconteceu com o Hem. Já leu? O que achou? Comente aqui embaixo pra trocarmos uma ideia! Até a próxima!

Adelmo Veloso

Comentários

  1. Olá, Adelmo!

    Esse livro é bem interessante mesmo. Eu li e reli em dois momentos diferentes da minha vida, e nas duas vezes foi uma boa leitura.

    É muito fácil transpôr as situações para nossa vida cotidiana e as metáforas são bem precisamente elaboradas. Esse livro é daquelas leituras obrigatórias para quem deseja se conhecer melhor e estabelecer mudanças de paradigma em suas vidas.

    Bom lembrar desse livro aqui. Abraço!

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    1. Super Nagado!

      É um excelente livro. Sua leitura, sem gravuras, torna ainda mais especial, pois cabe ao leitor imaginar como seria cada personagem. Li por duas vezes para apresentar a resenha no curso que estou concluindo e nada mais justo que indicar esse tesouro a todo mundo!

      O interessante é que ele casa direitinho com minha situação: encontrei os amigos da escola de formação após 10 anos! Muitos investiram na carreira, outros fizeram faculdade, pós-graduação, montaram o próprio negócio, casaram, uns tiveram filhos e outros não. Esse fato me obrigou a repensar minhas atitudes, já que nossos salários são praticamente os mesmos.

      Obrigado pela presença, abração!

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  2. Li esse livro anos atrás por indicação do Nagado e achei bem interessante. E ele tem várias lições.

    Uma é que não podemos ficar acomodados. Mudanças acontecem ao nosso redor, de forma alheia à nossa vontade. O que antes estava lá e parecia ser perene, de repente pode desaparecer. E devemos estar preparados, pois nada é eterno.

    Outra é que quando chegamos a uma posição conveniente, tendemos a nos esquecer de como fazíamos para ir buscar o alimento, do nosso espírito de luta. E isso pode ser fatal quando perdemos uma fonte de sustento e precisamos buscar outra. Ou seja, é preciso ter bases fortes, mas também adaptabilidade para as situações e conjunturas, que mudam constantemente.

    Uma boa recomendação, Adelmo! Esse eu também indico!

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    1. Super Usys! Que bom já ter lido, meu nobre! São várias lições, ainda mais analisando cada ponto de vista e comparando às nossas vidas!

      Essa daí é clássica. Infelizmente, após concluir a faculdade, não tive outras grandes conquistas do tipo intelectual, além do ingresso no universo literário. Eu meio que fiquei como o Hem, esperando a reposição do novo queijo.

      Esse é o problema do ser humano. O que era um objetivo, após alcançado, passa a ser a situação de acomodação, a famosa zona de conforto. Só que, para alçar voos maiores ainda, é preciso sair desse "bem bom" para cumprir os próximos objetivos. A questão de adaptabilidade até que estamos tirando de letra, por conta da profissão, mas ainda nos faltam muito para poder mudar de vida. Foram duas vezes que li esta obra, então já está na hora de colocar em prática!

      Obrigado pela participação, meu camarada! Abraço.

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  3. A resenha do livro é ótima, pois me identifiquei com esse personagem, quando realmente eu quis uma mudança em minha foi difícil e desafiador, mas que hoje quando olho para trás vejo o quanto valeu a pena, com toda certeza vou adquirir esse livro.
    Muito bom suas postagens irmão Adelmo.
    Att. Rafinha-Nioaque

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    1. Super Rafinha!

      É um imenso prazer tê-lo por aqui, meu irmão! O livro é tão bom que o li duas vezes no intervalo de um mês. É uma obra riquíssima de ensinamentos, fáceis de aprender, mas dificílimos de serem colocados em prática!

      Digo isso porque mudança nem sempre é moleza. Na verdade, sempre tem suas dificuldades, seja na movimentação de uma cidade para outra ou de um emprego para outro. E você citou o resultado: vale a pena. Mas mudança requer movimento, ação. Obrigado pela visita e apareça mais vezes, meu irmão! E parabéns pelas núpcias! Essa mudança é uma das mais prazerosas que podemos passar ao longo de nossas vidas! Grande abraço.

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