Olá, queridos leitores! Tudo bem? Seguindo a ideia da
postagem anterior, hoje falaremos sobre algo que vai além do visível
nas redes sociais. Será que realmente todo mundo tem uma vida como a
que é apresentada em fotos?
É tudo tão lindo a ponto de estarmos
sempre sorrindo? Não que isso seja errado, mas a vida nem sempre é
assim.
O valor das emoções
Há algum tempo pude assistir ao longa da Pixar, Divertidamente, onde aprendemos o valor de cada emoção, inclusive o da Tristeza. Mas o que vemos nos perfis do Facebook, Instagram, WhatsApp e aplicativos semelhantes são pessoas no melhor estilo Disney de vida. Sorrisos, caras e bocas, passeios, viagens... Tudo aquilo que dificilmente conseguimos fazer durante o ano, umas com mais frequência que outras e tal. É um tal de “Deus no comando”, “Sua inveja não me atinge”, “Sua inveja é combustível para meu sucesso” e frases rasas e bobas acompanhadas de fotos decotadas, com biquinhos ou com uma parte do traseiro aparecendo.
"Deus no comando"
A ideia aqui não é
fazer um discurso de ódio às pessoas felizes, mas trazer uma reflexão sobre a vida que existe além do mundo virtual.
Por que ninguém posta fotos de quando a panela com leite fervendo
sujou todo o fogão? E por que ninguém posta as fotos de boletos
pagos ou daqueles que estão para vencer mas não há mais um centavo
na conta? E quando o filho está com febre ou com alguma doença (que
não sejam aqueles pedindo compartilhamento, pois acho ridículo
quando as pessoas usam essas imagens para arrecadar likes em cima do
problema alheio), ou no momento em que ele nos desobedece?
Simples, porque isso não é bonito (ou importante). Não dá likes. A vida de muitas
pessoas tem se resumido a ganhar likes para chamar a atenção dos
outros para si, o que é muito vago e passageiro. A vida é muito
mais que isso.
Isso porque nem falei de alguns vídeos idiotas do Youtube...
E tem mais! A vida fora
das redes não são só dificuldades, tem muita coisa boa, também! Nem
sempre as pessoas postam os momentos marcantes, como:
- o tempo com os filhos
antes de dormir, contando histórias para eles;
- a chegada em casa, com
a recepção calorosa da esposa e filhos;
- os filhos ajudando a
cuidar da casa, seja segurando uma cestinha de prendedores de roupa
ou simplesmente fazendo companhia aos pais;
- uma ida à feira com a
avó, pais ou filhos...
Daí a pessoa vai na praça pra relaxar, mas leva um notebook pra navegar na Internet.
Viram? Isso é apenas uma
parte e há muito mais! Já fui muito adepto do extinto Orkut e até
mesmo do Facebook (este não consigo abandonar por causa dos bonecos
e dos memes, mas quase não posto nada lá, apenas links), mas vejo que tudo aquilo
é superficial. Ainda uso bastante o Instagram para compartilhar meus
desenhos e alguns desses momentos especiais com a família, mas não
mostro meus boletos pagos, as contas a vencer, nem as vezes em que
tropecei e caí! Viram como isso atinge quase todo mundo?
Momentos antes de dormir. Super Oliver usa seu poder de
teletransporte (pai ou mãe) e vai parar no seu berço.
Os reclamões
Também há o outro extremo, onde pessoas só postam reclamações diárias, compartilham aqueles vídeos chatos de política ou de indignação com algum serviço. É importante? É, mas não é tudo que importa e muitas vezes nem vai fazer diferença. Eu acredito que o certo seria recorrer aos meios legais e sistemas já existentes para fazer esse tipo de coisa. Falar mal de uma operadora de telecomunicações numa rede social não terá o mesmo impacto de apelar para a Anatel. Xingar uma loja que não cumpriu o código de defesa do consumidor também não terá o peso de acionar o Procon ou o tribunal de pequenas causas, e por aí vai. Também sei que alguns desses órgãos que deveriam nos assessorar também não são lá essas coisas...
"Palavras machucam..."
Vivemos com essa geração
Mimimi, onde tudo pode ser ofensa e coisas simples podem fazer muito
“mal” às crianças (palavras machucam). Poxa, eu cresci
assistindo aos filmes da Sessão da Tarde, Tokusatsu na Manchete,
desenhos e animes (bem violentos, por sinal), jogando videogame de
luta e tiro – e nem por isso me tornei um delinquente ou fora da
lei. Aí vem aquela: um desenho pode fazer mal (convenhamos que há
alguns bem ruins, mesmo), mas falar sobre ideologia de gênero para
crianças, não. Absurdo isso. Concordo com os pontos abordados pelo amigo
Alexandre Nagado, no seu Blog Reflexo Cultural, onde ele assume a sua
posição diante desse caos instaurado neste mundo que quer inverter
tudo o que aprendemos quando criança. Essa é a geração mais fraca
e sentimental que já se viu desde os tempos antigos (Sodoma e
Gomorra se lascaram, mas foi outro ponto).
Comemorar com os amigos, com uma boa Pizza...
Existe vida fora das redes sociais!
Voltando para o lado bom
da vida, espero que a partir de hoje cada um de vocês possa prestar
mais atenção no por do sol, no brilho da lua, no canto dos
pássaros, na pureza do sorriso de uma criança, na experiência de
uma pessoa idosa e nesses detalhes que nem sempre aparecem nas redes
sociais. A vida é o bem que temos de mais precioso e em seguida nossa família e amigos.
É preciso estar vivo para aproveitar tudo isso. Parece óbvio, mas
muita gente já deu fim à própria vida por não ter mais forças
para lutar contra os problemas, o que é muito triste.
A alegria está nas pequenas coisas
Reforço a indicação da
obra “Quem mexeu no meu queijo?” - onde a mudança é tratada de
uma forma bem-humorada. Também cito “pequenas alegrias” - letra
da Marcela Taís e ilustrada por mim em duas partes (ainda falta
terminar). Com isso, encerro esse breve texto e aguardo seus
comentários! Nos vemos nas próximas postagens!
Adelmo Veloso
Parabéns!! Excelente postagem. Nos refletir como estamos levando a vida.
ResponderExcluirObrigado, Super Alan! Refletir é sempre bom! Apareça mais vezes, meu nobre!
ExcluirBela matéria, mostrando bem como funciona a geração atual!
ResponderExcluirAcho que muita gente usa as redes sociais como "válvula de escape" para passar a impressão de que tudo está bem, afinal, o que importa para a maioria das pessoas é a imagem que os outros têm delas, infelizmente.
Não uso Facebook, mas a galera que eu conheço está sempre grudada nisso e sempre falando sobre isso, é impressionante! E o pior é que a coisa funciona exatamente como você falou na matéria, com os mesmos perfis. E o grande problema é que por trás desses perfis muitas vezes se esconde uma realidade muito triste, poucos dias atrás minha mãe me mostrou o Facebook de uma prima que só posta fotos felizes dizendo que as amigas são tudo de bom e tal. Mas na vida real ela está com uma depressão bem séria, tomando um monte de remédios e passando pro vários problemas, mas ao invés de pedir ajuda ela continua se escondendo atrás das fotos bonitinhas. Complicada a situação!
Acho que nunca vou entender o que se passa na cabeça da galera hoje em dia, você vai em um restaurante e vê uma galera reunida mas ao invés de bater um papo está todo mundo grudado no celular. Os games têm multiplayer offline pra juntar a galera e fazer uma zoeira bem boa, mas todo mundo prefere ficar no seu canto jogando online.
Claro que a geração digital tem altas maravilhas, mas espero que elas não substituam as maravilhas da vida.
Super Ronin, muito obrigado!
ExcluirCara, é muito triste. Como disse, não queria criticar quem realmente é feliz e posta seus momentos bacanas nas redes sociais; fico feliz que tu tenha compreendido! O Facebook ainda não foi excluído porque os memes, o CAFA e outros grupos ainda me prendem. Mas quando vejo aquelas matérias políticas ou polêmicas enchendo a linha do tempo, dá vontade de excluir!
Também já vi isso de ter uma galera reunida, mas geral com o pescoço pra baixo, vidrados no celular. Quando saio assim, evito o máximo sacar o aparelho pra dar aquela curingada. Jogar também tem que ser com a galera! Era tudo muito bom! Hoje temos várias maravilhas - inclusive a melhora da comunicação com os parentes distantes, como as vídeo chamadas com os avôs do Super Oliver e tal - mas cresce o cuidado para que essa mesma tecnologia não afaste os que estão próximos.
Até a próxima, meu camarada! Já já apareço lá no ABB pra comentar Dagashi Kashi - até que enfim consegui ver o 9 e o 10. Abração!
Quando acontece uma coisa boa a gente fica com vontade de compartilhar essa alegria. O nascimento de um filho, uma viagem que a gente fez, uma coisa que a gente comprou... E as redes sociais são só mais um meio de divulgar esse sentimento.
ResponderExcluirPor outro lado tem aquelas coisas ruins que acontecem e a gente precisa desabafar. Às vezes dá sorte de encontrar um estranho que diz a coisa certa na coisa certa (ou o azar de ser o contrário). Mais uma vez as redes sociais são um meio de divulgar isso.
Também é bom para difundir o trabalho de um desenhista/fotógrafo/artesão super talentoso que você encontrou na Internet. Ou para contatar o autor daquela história em quadrinhos ou o dublador de seu personagem favorito, o roteirista/produtor/diretor que fez aquela obra que tocou seu coração e agradecê-lo por isso.
E assim como na vida fora do virtual, as pessoas tendem a evitar gente muito negativa, que só fala das dívidas, dos problemas da família e tudo o mais. Todo mundo deve ter um colega de trabalho assim. O mesmo pode ser dito de quem conta muita vantagem. Acaba se tornando desagradável.
Tudo deve ser feito com moderação. Sem incomodar as outras pessoas. Porque colocar algo nas redes sociais é a mesma coisa que sair com um megafone na rua e sair gritando algo aos quatro ventos. A Netiqueta (há quanto tempo não vejo essa palavra?) ajuda muito nessas horas. E quando estiver fora do virtual é bom curtir o mundo mesmo. Não se esquecer das coisas da vida. Senão, por que se encontrar com a pessoa e se comunicar por aparelhos, mesmo ela estando na sua frente?
Super Usys! Concordo contigo, meu nobre. Assim como disse, tambem uso as redes e o Instagram é tipo isso aí, para registrar momentos assim e divulgar meus trabalhos, alem de conhecer outros, também. Concordo que também há casos que precisamos desabafar, mas a intenção desse texto não foi sensurar essas acoes, mas mostrar que há pessoas que vivem fazendo isso, quando poderiam dividir com alguém próximo, como o Ronin citou um exemplo.
ExcluirJa tive pessoas negativas ao meu lado, que me deixaram bastante deprimido, mas que hoje aprendi a como não ser.
É praticamente um dilema: postar ou não postar? Temos liberdade para fazer isso, mas há pessoas que acabam presas nesse mundo. Por isso resolvi falar por aqui, sendo que primeiramente precisei mudar minha forma de usar esses meios (eu ja fui mais preso).
Até a próxima, meu nobre! Abraço.
Saiu um "sensurar" - perdoa aí essa falha! O correto é censurar!
ExcluirOlá, galera do SuperAHAM!
ResponderExcluirMatéria muito legal do pai do SuperAHAM!: Adelmo Veloso!
Eu acho que os computadores, a internet e as redes sociais de uma forma mais específica são como a caixa de Pandora ao contrário. Uma vez abertos ou utilizados, podem liberar diversas coisas positivas.
O importante é saber utilizar.
O saudoso jornalista Millôr Fernandes disse certa vez: "Toda vez que você projetar algo que possa ser usado até por idiotas, provavelmente vai ser usado de maneira idiota."
Então, muitas pessoas não têm noção de como lidar com as máquinas e, por consequência, com as redes sociais.
E além das pessoas sem noção, há as mal-intencionadas.
Assim, é imprescindível usar as ferramentas sociais de forma inteligente e evidentemente, honesta.
A exposição é gigante.
Se eu pudesse, deletaria todas as minhas redes sociais.
Porque, por menos que você poste, sempre fica algum rastro e mesmo que indiretamente, os usuários acabam expondo demais as suas vidas. O problema é que mesmo numa vida ermitã do mundo virtual, também há riscos. Ainda que não se possua um perfil nas redes sociais, você pode ir acabar parando nela através de outras pessoas. Em qualquer lugar que formos, na grande maioria das vezes, haverá um smartphone ou câmera para fotografar e ou filmar.
Eu gosto muito da internet.
E acredito que sei desfrutar o que ela tem de melhor.
Já devo ter cometido algum erro no passado, tal como dizer para onde estou indo antes de realmente chegar ao local. Isso pode facilitar diversas circunstâncias danosas.
Gente que posta tudo e esquece de realmente "viver a vida" (desculpem a redundância! :)).
Algum tempo atrás, tinha um comercial com o Gabriel Medina que passava a mensagem de vivermos um puco offline. Eu concordo com este pensamento. Já perdi a conta de quantas vezes eu percebi pessoas que em vez de ver o que estava acontecendo ao vivo, preferiam a ficar gravando no celular. Isso é bem inusitado! Muitos, hoje em dia, tiram fotos antes de realmente "olhar" uma paisagem ou acontecimento.
Acredito que temos que viver mais o ao vivo e esquecer um pouco, não completamente, mas, um pouco, o mundo virtual.
E o melhor da vida é viver de forma equilibrada. Nem demais, nem de menos.
Valeu, pessoal!
Super Paulini! Falou tudo, cara! É uma arma poderosa que pode ser muito bem utilizada, mas se for algo feito por idiotas, será algo inútil.
ExcluirRedes sociais são bacana, volto a afirmar. Não sou contra elas, mas esse texto é para nos fazer refletir sobre seu mau uso, quando coisas mais importantes poderiam ser curtidas ao vivo! O mundo também tá cheio de gente cheia das más intenções. Isso é bem triste. Sabemos da existência da Deep Web, onde coisas terríveis e inimagináveis acontecem naturalmente por lá.
Deletar? Eu também faria isso, mas a paixão pela cultura Pop e os memes não me permitem fazê-lo. Hehehehe! Se digitarmos nosso nome no Google veremos coisas que nem lembrávamos mais, mas que estão lá registradinhas, como um um concurso público, uma passada na Justiça, por aí vai. Aquela série Person of Interest nos dá uma ideia do quão terrível pode ser a informática caso ela seja invasiva a tal ponto demonstrado na TV (ou aquele filme "Controle Absoluto").
Isso aí, irmão. Vamos utilizar e divulgar esses bons costumes ao mundo!
Essa do Gabriel Medina me faz lembrar um dos fatos mais comuns atualmente, que é o registro dos casamentos. Se os noivos não se preocupam em avisar os convidados, tem aqueles que entram na frente dos fotógrafos para estragar o momento do casal. Sacou?
Já dizia Kleber Lucas: Viver é a melhor coisa do mundo (Pra valer a pena, 2003).
Isso aí! Equilíbrio! Grande abraço, meu nobre.
É isso aí, Super Adelmo!
ExcluirTirando a grande exposição que elas acarretam, as redes sociais são benéficas.
Ainda assim, às vezes, tenho vontade de deletá-las.
Porém, são imprescindíveis para o cotidiano atualmente.
Contanto que se saiba lidar com elas.
Vide o último escândalo do senhor Zuckerberg onde através de joguinhos "inocentes" no Facebook os usuários e amigos dos usuários tinham diversos dados pessoais invadidos.
Diz a lenda que as smart TV's conseguem gravar áudios até mesmo quando estão desligadas. Isto é assustador! Falta de privacidade total. Isto me remete ao episódio do Dia das Bruxas parte X de Os Simpsons onde até uma caixa de leite continha chip!
Penso que não estamos tão distantes de um futuro similar ao filme Blade Runner...
E que Deus nos abençoe!....