Os Valentes de Davi

Essa é a história dos valentes de Davi, que eram trinta e sete ao todo, como se fossem as Forças Especiais do rei. Do que esses caras eram capazes? O que fariam com um cajado em mãos contra um grandalhão com lança? Confiram a seguir.

 Homens capazes de derrotar um exército inteiro!

Quem era Davi?

A história de Davi passou a ter mais destaque quando o rei Saul teve ataques de fúria, sendo perturbado por espíritos malignos (1 Samuel 16). Por conta disso, seus servos procuraram alguém em Israel que tocasse harpa para poder acalmar os ânimos do rei, e é aí que nosso pequeno herói aparece em cena. O rei Saul curtiu tanto a presença de Davi, que pediu que ele não saísse mais de perto dele. Depois de um certo tempo, apareceu um tal de Golias para desafiar os israelitas (1 Samuel 17) – e mais uma vez nosso herói aparece para salvar o dia do rei, mas desperta-lhe ciúmes a ponto de querer tirar-lhe a vida (1 Samuel 18.7).

 

Rei Saul sendo acalmado pelo som da harpa de Davi

Fugindo para as colinas Caverna de Adulão

Davi se manda para a caverna de Adulão (1 Samuel 22), atraindo para perto de si homens endividados e outros amargurados de espírito. Só aí formaram um exército de 400 homens. Começa então uma fase difícil da vida do homem segundo o coração de Deus. O rei Saul queria vê-lo morto de qualquer jeito, por conta dos ciúmes das cantigas femininas ("Saul matou mil, porém Davi matou DEZ mil!"). No meio desses homens, trinta e sete deles eram os mais valentes.

O chefe deles era Jasobeão, acmonita, que brandiu sua lança contra 300 e matou geral. Ele foi o mais ilustre dos três.

O outro era chamado Benaías, filho de Jeoiada, autor de grandes feitos. Ele matou dois homens de Moabe, e em seguida matou um leão dentro de uma cova, na época da neve. Dentre seu currículo de baixas, está também um egípcio de 2,3m de altura e sua arma era uma lança. Benaías estava com um cajado em mãos na hora da luta, mas foi suficiente para tomar a lança do grandalhão e matá-lo com ela!

E por último, mas não menos importante, estava Elezazar, filho de Dodó. Era praticamente um espadachim, pois de uma vez feriu tantos filisteus, que cansou e sua mão ficou apegada à espada (tipo, a espada grudou em sua mão de maneira que não soltava nem a pau). Por conta disso, o Senhor deu um grande livramento ao povo de Israel.

A água do poço

 

Uma história interessante, citada nas duas passagens (2 Samuel 23 e 1 Crônicas 11), é a de quando Davi estava na caverna de Adulão e os filisteus no vale de Refaim. Ele estava cansado e ofegante, quando desejou beber da água do poço de Belém. Até aí tudo bem, exceto por ter um arraial filisteu inteirinho no meio do caminho – mas não foi nada para os seus três valentes, que atravessaram (devem ter matado muita gente), pegaram e trouxeram a água até o seu rei. Ao receber a tão suada água de seus três valentes, acreditem, Davi a derramou como oferta ao Senhor: “Não permita meu Deus que eu faça isso! Beberia eu do sangue da vida destes homens? Pois com o perigo das suas vidas a trouxeram...” (1 Crônicas 11.19).

Para conhecer os nomes dos trinta e sete, confiram em 2 Samuel 23.24-39. Destaque para o último nome citado, que foi morto, indiretamente, pelo próprio rei Davi. Esse assassinato lhe custou muito caro, não apenas até o seu último dia de vida, mas durante toda a sua descendência (2 Samuel 12).

E essa foi a breve história dos valentes de Davi. Há mais relatos nas passagens citadas, que podem ser conferidas com mais calma. Gostaria de ter feito mais ilustrações, mas minha agenda não me permitiu até o presente momento! Espero que tenham curtido esse Espaço Sunday, que estamos retornando aos poucos. Aguardo vocês nos comentários e nas próximas postagens!

Adelmo Veloso

Em tempo: alguns dados foram corrigidos, mas preciso fazer uma correção ainda mais precisa, pois há divergências nas duas passagens citadas.
(Agradecimentos ao leitor anônimo que comentou na data de hoje, 1º de junho).