Quando precisamos desacelerar

 Olá, queridos leitores, tudo bem? Estamos de volta com mais uma postagem, com quase um mês de diferença da última, mas continuamos a missão, ainda que mais devagar, que é exatamente sobre isso que vamos falar.

Já parou para refletir sobre os rumos que sua vida está tomando? Aliás, ao menos já parou alguma vez na vida?

Setembro Amarelo

Estamos no Setembro Amarelo, um período escolhido para combater com mais intensidade e refletir sobre a questão do suicídio. Antes de mais nada, gostaria de adiantar que não sou psicólogo, psiquiatra nem grande entendedor dos mistérios que ocorrem na mente humana. Sou apenas alguém que procura viver a vida com a maior intensidade possível. Minha vida não é perfeita (porque sou imperfeito), mas tenho vários motivos que a tornam mais agradável e que me dão mais vontade de lutar para ser alguém melhor e, por que não, fazer a vida de outras pessoas melhor, também?

 

Nunca passou pela  minha cabeça dar fim à própria vida, justamente pelos motivos já citados acima. Costumo dizer que uma vida é pouco para fazer tudo o que quero, mas como só me foi concedida uma, quero fazer isso com estilo!

Esse texto se encaixa no quadro Outra Dimensão, onde tiramos um tempo para refletir sobre determinado assunto. Dessa vez, quer ressaltar ao máximo a importância de viver a vida, por mais difícil que seja. Resolvi usar a figura do Sakamichi Onoda para ressaltar algumas situações, como uma analogia.

Amizades Indesejadas

Nessa vida, é certo que vamos encontrar alguns tipos de amizades que não acrescentam coisas boas. Na maioria das vezes, nossos pais têm razão quando dizem para não andarmos com Fulano ou Beltrano. O resultado é certo: quebrar a cara.

Aos leitores mais assíduos, essa cena é bem conhecida, certo? Agora saberemos o que realmente aconteceu. Onoda foi procurar uma bicicletaria para fazer alguns ajustes na sua bike, mas acabou conhecendo o Grande Camelô, cujo nome é desconhecido entre as pessoas das redondezas. Até falaram para ele evitar qualquer tipo de negócio com o sujeito, mas Onoda resolveu dar uma chance e acreditar no trabalho do homem.

 

Algo não saiu como esperávamos

Claro que não temos o controle sobre tudo o que fazemos, mas somos escravos das consequências de nossas decisões. Muita coisa poderia ser evitada se ouvíssemos mais e falássemos menos. Uma decepção amorosa pode destruir o coração de alguém assim como uma frustração vinda de uma pessoa que tanto confiávamos nos faz desacreditar cada vez mais no ser humano. Esses são os tombos que levamos no meio do caminho, como o poema de Carlos Drummond de Andrade.

Onoda não ouviu os conselhos e pagou pra ver. O Grande Camelô era na verdade um grande cara de pau! Mas calma, pois nem tudo está perdido. Há pessoas com quem podemos contar para nos ajudar a resolver a maioria de nossos problemas! Não há motivos para querer resolver tudo sozinho, mas é preciso ter humildade para pedir auxílio!

Procure Ajuda

Precisamos assumir nossos erros, mas isso não quer dizer que é preciso fazer isso sozinho. Muitas vezes a gente perde o controle da situação e não consegue tomar uma atitude para sair do buraco! Há pessoas que podem nos abrir olhos, pois não conseguimos enxergar o que está a um palmo de nosso nariz! Mais uma vez, lembre-se da humildade.

Por sorte, Onoda conheceu a Haruhi que, por algum motivo, conhece um excelente profissional que mexe com bicicletas. Nosso herói estava muito preocupado, pois estava chegando a competição de ciclismo do colégio em que estudava e também não poderia levantar uns trocados com o serviço de entrega de lanches.

Mova-se!

 

Apenas ouvir outras pessoas não é suficiente, pois é preciso agir. O problema precisa ser resolvido e uma energia terá que ser empregada nesse processo. Já precisei procurar ajuda para resolver alguns problemas e, acreditem, conversar com outra pessoa foi a parte mais difícil! A parte da ação foi até mais fácil depois disso.

Onoda foi até o experiente profissional, que tinha uma oficina bem modesta. Lá ele consertou sua bike e no mesmo dia já pôde voltar ao trabalho de entregas.

 

Desacelere um pouco

 

Calma, isso aqui não é uma receita de bolo, nem quero deixar você confuso. Também acontece muito o contrário, onde devemos parar um pouco ao invés de continuar agindo a todo vapor. Muitos são viciados em trabalho e esquecem de dar atenção à família ou a si mesmos! Por isso, é preciso diminuir o ritmo, avaliar a situação e, depois de descansado, voltar ao trabalho!

Após realizar a entrega de um pedido, Onoda resolveu fazer uma pausa para descansar. Ele ainda não tinha parado para observar o parque da cidade e decida encostar sua bike numa árvore e sentar ali, mesmo! 

 

Em uma de minhas instruções no trabalho, aprendi algumas técnicas para quando estivesse meio perdido: E - S - A - O - N

Estacione: quando tiver a certeza que não sabe para onde está indo, é preciso parar.

Sente-se: não adianta ficar andando em círculos. Pare de verdade.

Alimente-se: saco vazio não pára em pé. Também não dá para raciocinar com fome.

Oriente-se: veja onde você está e para onde quer ir. Geralmente temos um mapa ou um plano em mãos. Ajuste-se e:

Navegue: barriga cheia, hidratado, planos verificados e identificados os erros, siga em frente! A missão continua. 

Um cãozinho passeava por ali e fez amizade com o Onoda. 

E, claro, Onoda aproveita o momento para se hidratar. Beba água!

 

 Aproveito para recomendar um vídeo do Entre Planos, onde o Max Valarezo aborda um tema que casou certinho com este texto.

 

Observe o mundo à sua volta!

Quando estamos muito focados no momento atual, esquecemos de ver o que está acontecendo debaixo de nosso nariz. Deixamos de perceber coisas preciosas como o sorriso de uma criança, ou até mesmo a ação dos bichinhos e da natureza.

Ele ainda não tinha se dado conta de quanta coisa incrível existia ali! A sombra da árvore era perfeita! O gramado era aconchegante. A visão da cidade era fantástica e uma viagem em suas memórias foi inevitável!

Onoda aproveitou para sacar sua câmera fotográfica e capturou imagens do cãozinho, alguns pássaros, as árvores e encontrou até cenouras!

Continue Lutando!

 

Após seu descanso e reavaliar suas ações, volte ao trabalho (ESAON)! Acreditem, o que me motivou a escrever este texto não foi apenas o Setembro Amarelo, mas a necessidade de voltar aos bons hábitos, reviver antigos projetos e, claro, colocar a mão na massa!

Após seu trabalho de meio expediente, um breve descanso e um momento de reflexão, Onoda parte para seu treinamento diário. Ele pega sua bike e parte para ficar cada vez mais forte! O corpo está um pouco cansado, mas ainda não é a hora de parar, pois a modalidade do ciclismo é uma luta constante consigo mesmo! Onoda sabe que em breve terá seu merecido descanso em casa.

 

O Merecido Descanso

 

Calma, que não estamos falando de partir dessa para melhor, pois viver é a melhor coisa do mundo! Chegar em casa ao fim de um dia de trabalho cansativo, ou da faculdade e ser pego de surpresa por um abraço do filho ou da esposa... Isso não tem preço. Mas se ainda não há esposa ou filhos, há algumas coisinhas que podem ajudar a aliviar nosso stress!

Após um dia bastante intenso, com conserto da bike, entrega de lanches, treino puxado à noite, finalmente Onoda consegue chegar em casa e está pronto para descansar. Ele aproveita alguns minutos para admirar sua coleção de figuras de ação, pois cada uma tem uma história que remete a épocas distintas de sua infância.

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Enfim, chegamos ao final de nossa reflexão. Em que ponto você se encontra: no grupo que precisa agir mais um pouco ou no que necessita dar uma desacelerada nas inúmeras atividades? O Rei Salomão, no capítulo 3 de Eclesiastes, nos deixou importantes lições relacionadas aos afazeres. Há um tempo para todas as coisas debaixo do Sol! Não devemos viver nos extremos, seja parado demais ou trabalhando igual a um relógio sem parar. Valorize as pequenas coisas, lembre-se das Pequenas Alegrias e procure curtir cada momento intensamente! A vida é muito curta para perdermos tempo indecisos ou com coisas inúteis!

Espero que tenha curtido! A gente se vê nos comentários e nas próximas postagens!

Adelmo Veloso