Viagem no tempo

Olá, caros viajantes do mundo das palavras, tudo massa? Estou de volta com meus pensamentos aleatórios e cheguei a conclusão que viagem no tempo existe, sim. Já pude realizar algumas delas e diariamente me pego praticando a volta para o passado e a ida para o futuro. Esta última é que vai deixar vocês com aquela expressão: "Ah, pode crer! Nunca tinha pensado dessa forma."



O famoso Delorean da franquia De Volta para o Futuro

Essa não é mais uma postagem para tecer teorias das linhas do mundo ou para saber quem tem ou não o poder do SteinsGate. Apenas uma comparação com fatos de nossa vida, que é tão corrida e ao mesmo tempo, tão curta. Criar esse texto me deu a ideia de reunir as histórias com viagem no tempo que mais curti numa postagem futura - então fica aqui uma promessa para ser cumprida em breve!

VIAGEM AO PASSADO


"Todos temos máquinas do tempo. As que nos levam ao passado são as lembranças. O que nos move para o futuro são os sonhos." - Alexander Hartdegen, do filme A Máquina do Tempo.

Baseado nessa frase, já dá pra explicar um tipo de viagem no tempo que todos nós podemos fazer, que é a viagem ao passado. Não é possível alterarmos as coisas que já aconteceram. Quem assistiu ao primeiro filme da franquia "Efeito Borboleta" pode ter uma noção do quão perigoso é alterar o passado. A nossa vida é resultado das decisões que tomamos ao longo dela. Algumas coisas acontecem imediatamente, outras podem ter consequências surgindo após vários anos do ato que as provocou. Então já devem saber que eu não consigo voltar ao passado e alterar minhas burradas, não é mesmo? Sejam bem-vindos à realidade!


O que quero dizer sobre voltar ao passado é mergulhar nas lembranças, como afirmou nosso amigo da imagem.  Podemos fazer isso ouvindo músicas, assistindo a alguns programas ou filmes, olhando fotos antigas, cadernos de anotações, agendas e até reencontrando velhos amigos/"inimigos".
Quando paro para ouvir algumas músicas, me recordo de quando ouvi pela primeira vez, quem me apresentou aquela banda e qual a situação que eu estava vivendo. É como se eu estivesse lá novamente. Assistindo aos programas e filmes, nos encontramos numa situação parecida com a das músicas. Com as anotações e agendas, dá pra lembrar um pouco do seu planejamento, do que você iria fazer ou o que fez. Dá pra não repetir os mesmos erros cometidos ali anotados. Encontrando velhos amigos, ainda é possível corrigir algum mal entendido ou discussão que possa ter acontecido entre vocês. Não será possível recuperar o tempo perdido, mas dá pra evitar de perder ainda mais tempo por estar intrigado dessa pessoa, se for o caso. Essa é a maneira que uso para voltar ao passado.



Mas, como disse inicialmente, não é possível alterar a história, apenas revivê-la. São infinitas as formas de viajar (por favor, deixem as drogas de lado!), cabe a você escolher a melhor delas, mas cuidado com as lembranças ruins - para essas, é preciso já ter uma certa bagagem, superá-las e seguir em frente. E não cometa os mesmos erros!

VIAGEM AO FUTURO


Essa dá pra ser vista de duas formas. A que foi citada na frase do Alexander Hartdegen, que trata dos sonhos, e realmente viajando para um lugar onde o tempo passou e você chega completamente perdido! Calma que vou explicar as duas.





Sobre sonhos, temos textos incríveis do escritor Augusto Cury, onde ele afirma que sem sonhos é impossível viver, pois estes nos motivam a continuar nossa luta diária. E é óbvio que não podemos fazer muita coisa no presente sem estar visando o futuro. Por que trabalhamos? Para que juntamos dinheiro? O que deixaremos para nossos filhos? Se não pensamos em pelo menos um desses questionamentos, somos apenas passageiros da agonia e sobreviventes de uma vida sem graça.




E agora vem a parte engraçada: chegar num local onde o tempo passou e você se encontra totalmente perdido! Como já disse algumas vezes, meu trabalho permite a mudança de cidade/região após um determinado período de tempo. Com isso, já passei por vários lugares desse Brasil. Mas o que chama mais atenção são aqueles lugares de onde eu vim ou que vou com frequência. Já estou há cerca de onze anos longe de minha cidade e cada vez que volto para visitá-la, recebo o choque! Ela cresceu, aumentou o número de carros, a molecada que vocês estava acostumado a brincar já está na faculdade, o bebezinho que você pegou nos braços já está indo para o sexto ano da escola e por aí vai! Você parece ser a mesma pessoa, mas para os outros você também mudou. Aí vem as perguntas: "como vai Fulano?" "Cicrano casou?" "Dona Beltrana faleceu? Como assim?" - Você fica igual ao Marty McFly quando chegou ao futuro. Chega a ser engraçado, algumas vezes. Passei por isso recentemente, retornando para a cidade que eu tinha saído há três anos.

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E então, pessoal? Como no primeiro Espaço Outra Dimensão, onde falei sobre o povo baiano, aproveitei para escrever um pouco sobre esses pensamentos de viajante do tempo! Espero que levem pro lado da zoeira, sem ficção científica ou até mesmo ciência no meio! A gente se vê por aí, no presente (agora que você está lendo), ou quem sabe, eu esteja falando com o meu "eu" do futuro?"

Adelmo Veloso



Comentários

  1. Eis aqui um texto que vale uma boa reflexão.

    Vasculhar as memórias realmente é uma espécie de viagem no Tempo. Rever o passado, às vezes de forma involuntária quando de repente se está na rua e tocam uma música que você gostava antigamente ou quando se vê televisão e aparece aquele filme que te marcou. Ao ver essas coisas a gente volta mesmo àquela época.

    É preciso tomar cuidado algumas vezes com as peças que nossa memória nos prega. Algumas vezes nos lembramos errado de alguma coisa, ora embelezando ora enfeiando demais. Mesmo assim é gostoso.

    E o seu relato de visitar uma cidade que não se vê há muito tempo me fascinou muito. Nunca tinha visto isso desse jeito. Me faz lembrar de quando fui visitar a cidade em que morei quando estava no Japão. No meu caso já haviam se passado treze anos desde que tinha ido embora. O fliperama que frequentava havia fechado, assim como as lojas de brinquedos e jogos e a casa de Lamen em que eu comia. O apartamento onde morei não havia mudado muito, mas o pequeno mercado que havia por perto se tornou um bem grande. E eu tentei fazer a rota que fazia para ir do apartamento até a faculdade, mas acabei me perdendo. Estava confiando em minhas memórias, mas pelo visto elas me pregaram outra peça. De fato era isso. A minha consciência de treze anos atrás estava visitando um lugar que mudou com o tempo. Revendo bem agora é uma experiência bem curiosa.

    Deixo aqui uma frase que eu vi em um jogo: "Todos nós somos viajantes. Sem rumo, mas em direção a um lugar chamado Futuro". Gostei muito desse texto. Gostei mesmo!

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    1. Super Usys! Esses são nossos pensamentos "aleatórios"!

      Querendo ou não, estamos realizando viagens no tempo toda hora. Ainda mais a gente que tem essa paixão por figuras de ação, onde cada olhada na prateleira me leva para a década de 1990 e início dos anos 2000.

      Verdade que temos que tomar cuidado. Quando embelezamos algo demais é até bom, mas não quer dizer que foi aquilo que aconteceu, mas os traumas é que são "enfeiados" e precisamos tomar cuidado.

      A cidade que retornei é a da minha esposa, onde comecei a desenhar para as crianças, toquei guitarra na igreja, viajei para várias outras partes do estado... lembranças bem maneiras. O choque é que uma dessas alunas está pra casar, outra viajou para fazer cursinho pré-vestibular, algumas não estão mais na igreja e até eu parei de tocar guitarra.
      Imagino esse seu choque aí! Deve ter sido maneiro, ainda mais no Japão! Eu sou a pior pessoa que existe para confiar na memória, porque me perco muito fácil! Triste pelo fechamento do fliperama. Realmente, Usys, você deve ter se sentido como o McFly nesse retorno!

      Muito obrigado! Apenas uma de minhas viajadas. Mês que vem deve ter alguma coisa de Outra Dimensão aparecendo por aqui! Até a próxima!

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  2. E aí, Superahandenses, tudo massa?

    Realmente, música é algo atemporal.

    Embora, no Superaham!eu sempre faleno passado, vivo mais o presente para construir o futuro.

    Algo muito triste é uma pessoa com Alzeimer pois não consegue se lembrar de quase nada. E o que é um homem sem memória?

    Sobre os personagens, além do McFly e Trunks, recordo também de
    Bill & Ted. Eles viajavam numa cabine telefônica. Tinham até desenho animado deles, passava na Globo. E tinha o desenho do De Volta Para o Futuro que passava no mesmo canal. O filme de Bill & Ted era estrelado pelo Keanu Reeves.

    Abraços, galera. Estou trabalhando numa pastagem épica modéstia à parte.

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    1. Fala, Ninja Paulini!

      Músicas são excelentes máquinas do tempo!

      Perdi um avó com essa doença e os avós maternos estão com ela, também. É muito triste viver preso no passado, sem ter noção do presente e nenhuma expectativa para o futuro. Isso é Alzheimer.

      Cara, você lembrou bem! Bill e Ted era muito legal! Eu gostava muito do desenho. Vale um Espaço Nostalgia só deles!

      Aguardo ansiosamente por essa matéria aí!

      Abração

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  3. Bela Matéria! Me fez perceber que o sentimento é exatamente como você descreveu ao chegar num local onde o tempo passou. Ano passado visitei o bairro que morei quando era moleque e que não visitava há mais de 20 anos, e realemente me senti como o Marty McFly quando chegou ao futuro. Até a primeira escola onde estudei estava completamente diferente! A parte triste disso é que vemos que as maiores diferenças são nas seguranças dos lugares que a gente frequentava, mostrando que infelizmente agora vivemos em tempos mais violentos. Mas mesmo assim a sensação de ver esse "futuro" dos lugares que você conheceu no passado é muito boa.

    Um personagem que pipocou direto na minha cabeça ao ler essa matéria foi o Capitão América! Esse com certeza teve um baita choque ao ver um mundo inteiro transformado pelo tempo.

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    1. Super Ronin McFly! Muito obrigado!

      Imagino essa mudança de 20 anos! Deve ter mudado muita coisa, mesmo! Triste saber sobre a parte de segurança, também. Há muitos lugares que já fui e hoje não são mais acessíveis, como certos pontos de banho de rio!

      Esse aí, sim! O baque deve ter sido gigante! "Como assim não há mais calhambeques?" - "Cadê a linda da Carter?" "Cadê todo o gelo?" Imagina ele vendo celulares e computadores de última geração!

      Valeu pela visita, nobre Ronin! A gente se vê num futuro próximo!

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