Como criar uma saga para Saint Seiya

Olá, queridos leitores, tudo massa?! Estamos de volta com mais um Tutorial, trazendo os principais elementos para uma receita de bolo de sucesso, lembrando que a ideia aqui é zoar uma série, sem denegrir a imagem da mesma. Dessa vez, a série escolhida é Saint Seiya.





Alguns elementos jamais podem faltar numa saga de Os Cavaleiros do Zodíaco. Quais são eles?





Gostaria que todos soubessem que Saint Seiya é meu anime favorito, já assisti às sagas várias vezes e mais uma vez estou revendo toda a série, agora na companhia de meu filho. A ideia aqui é apenas rir de coisas óbvias, como fizemos com as séries Tokusatsu e até aprendemos o básico sobre como fabricar seus action figures piratas.
Outra coisa, os personagens apresentados aqui não são de nenhuma saga oficial, ainda, mas tenho esperanças de que a Toei Company possa se inspirar futuramente. Aceito porcentagem das vendas dos novos vilões daqui.



Atena em perigo



É interessante que a deusa grega tenha que correr algum tipo de perigo, fazendo com que seus cavaleiros tenham um curto período de tempo para conquistar um objetivo e salvá-la da morte.



 Tatsumi, Saori e Seiya
 
Isso foi visto praticamente em todas as sagas até agora:

1) Recuperar partes da armadura de ouro;
2) Doze horas para salvá-la da flecha dourada;
3) Juntar sete safiras até o anoitecer para que o gelo não derreta;
4) Derrubar sete pilares para que o mundo não sofra um novo dilúvio;
5) Conseguir a armadura de Atena antes que o vaso sugue todo o sangue dela;

Qual será o novo perigo?

  

Um(a) deus(a) antagonista

 

Não podemos começar uma saga de Saint Seiya sem um antagonista. Se não for da cultura grega, pode ser de outras, como já usaram Odin (nórdica), Saturno (romana) e até o próprio Lúcifer (cristã). No caso de nosso tutorial, usaremos o Folclore Brasileiro como base dos novos vilões.






A Cuca, líder dos cavaleiros do Folclore Brasileiro. Sua intenção é destruir a Cultura terrestre para começar do zero, com o melhor das artes, segundo a opinião dela, que é bem duvidosa. Para que isso tenha sucesso, ela fará com que sons horríveis conhecidos como ---------- (imaginem aqui um estilo musical que não te agrade) sejam disseminados pelos quatro cantos do planeta, deixando todo mundo enraivecido. Também canta a famosa canção "Dorme, neném, que a Cuca vai pegar" - isso deixa o oponente paralisado. Resumindo, ela quer instaurar o caos!


Escolhido a antagonista, a mesmo deve ter uma motivação nada absurda: destruir a humanidade para começar outra do zero. Parece até um tipo de filosofia política que já tentaram impor, mas na realidade nunca deu certo – e nenhum deus em Saint Seiya, até o presente momento, obteve êxito em seus planos.

Respondendo a pergunta do tópico anterior:

O perigo dessa vez é justamente o dia em que o Brasil estará mudando para o horário de verão. Os Cavaleiros de Atena terão até a meia noite para salvá-la da Dengue, que não usou repelente ao desembarcar nas terras tupiniquins.


Novos súditos/cavaleiros



O deus antagonista não pode agir sozinho. Ele precisa ter alguns súditos que são extremamente fiéis a ele, ou nem todos, como foi o pilantra do Alberich na saga de Asgard. Esses súditos, claro, precisam ter suas armaduras e constelações (ou alguma coisa que justifique o seu visual e poderes). Os guerreiros da saga do Folclore foram escolhidos a dedo.
 


Saci, o cavaleiro de Pererê. Seu golpe principal é o Tornado Vermelho, que é executado com um chute. Ou seria uma voadora? Este guerreiro se destaca pela velocidade e é muito calculista, além de ser um excelente estrategista. Ele também consegue ocultar sua presença com uma fumaça escura, solta pelo seu cachimbo das estrelas. Essa fumaça remove os cinco sentidos do oponente. Já viram isso antes?



 
Virgo Lino, o Cangaceiro do Zodíaco, da constelação de Lampião. Ele fazia parte dos Cavaleiros do Forró, mas abandonou o grupo para se unir à Cuca, pois os ideais desta vilã eram muito mais chamativos para um cabra-macho como ele. Ele possui uma excelente mira, apesar de ser cego de um olho. Seu golpe principal é o "Acende, Lampião!", uma técnica com raios na velocidade da luz. Os cavaleiros de ouro que se cuidem.

 


O cavaleiro de Boitatá, Serpentino da Silva. Sua especialidade é o fogo. Seus olhos ficam em chamas quando eleva sua cosmo energia ao máximo! Seu golpe principal é o "Serpente de Fogo", que provavelmente não vai funcionar contra o Ikki. Ele também possui veneno em presas que saem de seus punhos, que também retiram os cinco sentidos do oponente. Sério? Alguém pare o roteirista dessa saga, por favor!


Podemos até separar alguns perfis bem comuns para compor a equipe dos novos cavaleiros.

O cara durão (Aiolia, Siegfried) - em nosso caso, é o Virgo Lino;
O cara que não quer lutar (Mime) - no caso, o Curupira, que nem quis aparecer nas fichas dos vilões;
O bonzinho que está lutando por algum motivo e você até torce pelo coitado (Quase todos de Asgard);
O traíra (Alberich, Kanon) - Serpentino é um tremendo sacana;
O mais overpower de todos (Saga, Shaka, Siegfried) - o Saci é muito forte, apesar de ter apenas uma perna; e
O que usa meios ilícitos e covardes para ganhar as lutas (Kasa, Alberich mais uma vez, MDM) - a própria Cuca, pois ninguém merece ser obrigado a curtir um gênero musical duvidoso.




Um pouco de drama


Assim como foi na Batalha de Abel e na saga de Hades, seria interessante a Atena mandar os Bronze Boys descansarem, já que eles sofreram bastante. Só entendi o porquê de os cavaleiros de ouro não irem descer o sarrafo em Poseidon porque Hades estava para despertar, e os marinas nem era tão poderosos como se afirmavam ser...



Vocês precisam descansar!


Mas aí a gente põe eles para lutarem voluntariamente, demonstrando toda a sua força de vontade para descer a porrada nos súditos do novo deus vilão que quer acabar com tudo.


Como funcionam os golpes


  
Isso não tem muito o que mudar, ou a essência de Saint Seiya seria perdida. É simples, basta o antagonista dar o seu golpe e, como os cavaleiros de Atena ainda não o conhecem, ao sofrer o impacto dele, um vento os joga para cima e depois a gravidade se encarrega de lançá-los de cara no chão.




Se for o Ikki, quando o golpe for repetido, a frase de efeito pode ser usada: “O mesmo golpe não funciona duas vezes contra um cavaleiro” - e a surpresa do cavaleiro adversário e o arrepio do telespectador são automáticos.


Novas armaduras



Sabemos que a franquia Saint Seiya é responsável por boa parte das vendas de bonecos da Bandai. A saga Soul of Gold foi feita justamente para vender outros tipos de bonecos dar um destaque aos cavaleiros de ouro, ainda que não tivesse lançado outros cavaleiros das linhas que ainda estavam em andamento, como os Cloth Myth Ex dos cavaleiros renegados.





Pode ser que a armadura de Sagitário não seja suficiente para dar conta do recado, pois vimos a maioria das vitórias dos cavaleiros de Atena chegar por meio da flecha no meio da testa ou no peito do deus antagonista. A saga de Asgard deu uma inovada com a armadura de Odin, então poderia ser criada uma exclusiva para essa nova história, como o traje verde e amarelo. 

 

Coisas que não podem faltar (jamais)


- Shun não quer lutar: normal, mas não tem pra onde correr e ele desce o sarrafo em geral;




- Shiryu e Shun sem armadura: somente assim eles podem elevar seus cosmos ao máximo e é assim que o Shun utiliza suas corrente e tempestade nebulosas! Antes disso, o escudo do dragão, que é o mais forte dentre as 88 armaduras, tem que quebrar - e o Shiryu fica sem entender, como todas as outras vezes.

- Ikki dá um show: dispenso complemento;





- Seiya com a armadura de sagitário e dá flechadas nos deuses; e






- Hyoga solta seu pó de diamante primeiro, deixando a execução aurora pro final. Na verdade, até hoje não sei quando é o Pó de Diamante ou o Trovão Aurora.





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Acredito que esses são os pontos principais para se criar uma saga bacana. Se inventar demais, pode ficar tudo confuso e sem identidade, como foi Saint Seiya Omega no início: não sabia se imitava Sailor Moon, Naruto ou qualquer coisa que não lembrasse os Cavaleiros do Zodíaco.

Curtiram? Espero que sim, porque me diverti pra caramba criando os personagens e todo esse texto! Nos vemos nos comentários e nas próximas postagens!

Adelmo Veloso

Comentários

  1. Show amigão! E obrigado pela homenagem 😁🤜🤛

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    1. Valeu, Super Denis! Essa saga seria muito louca! Tamo junto!

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  2. Acho que esses são os pontos que os fãs diriam "Pior que é assim mesmo!" e aceitariam de boa. E na verdade é a fórmula básica para muitas obras da Toei. Os de Precure que eu falei esta semana tem muitos elementos citados aí. Se bem que o diretor mais tarde até assumiu o Saint Seiya Omega na segunda temporada, mas aí já era tarde demais.

    E foi um bom tutorial para fazer os inimigos. A Cuca já dava problemas desde a época do Sítio do Picapau Amarelo. E ela tem outros poderes, como o de transformar o inimigo em pedra para ela se sentar em cima. Esse é pior que a Medusa, porque não adianta furar os olhos. Pega de qualquer jeito e o inimigo vira um trono para a vilã.

    O Saci achei que foi o mais bem-sacado, com esse golpe especial já que o original se movimenta com um redemoinho de vento. Creio que o Shun seria o mais apropriado para enfrentá-lo, usando a corrente para assumir a forma de uma peneira com uma cruz no meio. Duro é arranjar uma garrafa com uma cruz na rolha para prender ele lá dentro.

    E tem um monte de outras coisas que dá para usar como a Iara, que seria repeteco da Thetis, a Mula Sem-cabeça, que endoidece quem olha de frente para ela, e o Curupira, que com os pés voltados para trás, confunde os inimigos, que dão voltas como em um labirinto.

    Acho que o Takao Koyama tem um manual exatamente como essa matéria em casa e deixou na Toei para todo mundo usar. Mas pegou bem os clichês. E a bem da verdade, é para ver essa fórmula que a gente paga o ingresso! Quando a gente pede lamen, a gente quer lamen.

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    1. Hehehehehe! Valeu, Saint Usys! Acredito que essa fórmula segue um pouco daquela jornada do herói, mas com particularidades orientais bem marcantes! Lembro de um comentário seu sobre a mudança no roteiro de Saint Seiya Omega - e foi ali que percebi que tinham tentado voltar às origens, como as Pandora Box e vários outros elementos que não poderiam faltar, como nesse tutorial! Fiquei surpreso de existir algo assim, da mesma forma como naquela que falei sobre Tokusatsu, que hoje já tenho uma visão bem diferente, pois já vi várias outras obras! Fiquei devendo a lida da sua matéria dessa semana, por isso não vi essa citação!

      A Cuca eu lembro dela no Sítio do Pica-pau Amarelo, em 2001, na Globo. Lembro de ter visto a versão anterior, também, que parecia ser bem mais séria - justamente o arco da onça. Transformar os outros em trono é sacanagem!

      Eu curti o Saci, imagino que seria um daqueles bem difíceis de derrotar! Quando vi o episódio do Shun contra o Yo, me diverti bastante com o Oliver vendo a teia-de-aranha-de-andrômeda, armadilha de andrômeda e grande captura de andrômeda! O saci seria posto à força nessa ânfora de cajuína improvisada!

      Pensei na Iara como a responsável, aí lembrei da Thetis e descartei. Mula sem cabeça eu pensei num guerreiro sem cabeça, ou melhor, estilo Motoqueiro Fantasma, com fogo no lugar da cuca! Curupira seria massa, podendo usar pequenas pausas no tempo com a desculpa de que poderia prever os movimentos do adversário; cheguei a pensar na Caipora, uma guerreira das sombras! Essa saga seria épica! Alguém precisa desenhar isso! hehehehe!

      Como li em Bakuman, não há mal no clichê, desde que ele seja interessante! E como você nos disse, é isso que queremos ver, mesmo!

      Valeu pela força e até as próximas postagens!

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  3. Essa de imaginar e desenhar novos Cavaleiros me lembrou dos tempos que eu fazia muito disso junto com meu irmão. Acho que criamos mais de cem Cavaleiros, e alguns até acabavam como bonecos de papel hehehe.
    Cavaleiros brasileiros é uma boa ideia, Saci de Pererê é perfeito! E realmente, os Cavaleiros de Bronze precisam de uma folga, nem parece que há outros defensores de Atena.

    Shiryu e Shun sem armadura acho que é mais frequente do que eles com armadura hehehehe! Acho que tinham que fazer seguro dessas armaduras, o Shiryu ia ganhar uma boa grana!

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    1. Demais, Cavaleiro Ronin! No final das contas, as constelações nem importam tanto! Pra quê só 88?!hehehe

      Rapaz, pra bolar essa história eu imagino os girocópteros de fogo do Saci! Também se formos reparar, os caras não tiveram muito sossego e a saga de Poseidon emenda logo na de Hilda, e a de Hades é logo em seguida!

      Pois é, cara! Shiryu só desperta o limite do como quando parece que vai morrer, assim como o Shun, que só pode soltar as corrente e tempestade nebulosas se não estiver com armadura! Já vi inúmeras vezes e me surpreendo cada vez que vejo novamente!

      Valeu pela força e até as próximas postagens!

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