Rockman Toys Especial: A Era dos Fliperamas

 Olá, queridos leitores! Tudo massa? Estamos de volta, mas dessa vez, com a intenção de fazer uma breve viagem de volta no tempo, direto para a Era dos Fliperamas


Seu Bira abriu um novo negócio. Juntou uns trocados e investiu no ramo de fliperamas, com direito a fichas e máquinas de pegar bichinhos.


Eis a nossa primeira postagem que não é um compilado de imagens aleatórias! Falaremos um pouco sobre a época de ouro dos fliperamas. Já conversamos sobre as locadoras de videogames há um tempo, então chegou a vez das famosas máquinas que ficavam com o troco do pão.

Já adianto que as coisas aqui serão bem informais, sem exatidão nas datas (com raras exceções) e baseadas na experiência deste que vos escreve.



Ambiente arrumadinho assim eu só vi em shopping!
 
 

Como tudo começou



 
Quando eu tinha uns sete anos, por volta de 1993, numa cena parecida com a imagem acima, acompanhei meu tio até um fliperama, que nunca tinha visto coisa parecida em toda a minha vida. Ele devia ter uns 13 anos, mas era aquele tio que parecia primo por conta da idade aproximada.



O mais engraçado é que a gente não foi até lá para jogar, até porque eu nem devia alcançar os controles e nem tinha dinheiro - a gente foi até lá para olhar os outros jogando. Ele me apresentou Street Fighter 2 e eu fiquei todo bobo. 
 
Como era possível controlar os bonecos da tela com aquilo tudo?! O choque foi tão grande, que não consegui tirar os olhos do jogo e fiquei um tempão ali, imóvel. Quando me dei conta, não estava mais vendo o meu tio e bateu aquele desespero! Saí de lá correndo para casa! Não sei como, mas consegui chegar são e salvo. Mais de uma hora depois ele chegou, todo branco por ter me perdido (não sabia que eu já estava lá).



Aquele foi o meu primeiro contato. Após um tempo, abriram um ambiente parecido na minha rua, numa garagem, frequentado por adolescentes e jovens, com várias máquinas e todo tipo de jogo: Cadillacs & Dinossaurs, Captain Commando, Sonic Wings e alguns de luta que não me recordo bem. Não fui lá muitas vezes porque era bem novo em relação ao público que parecia ser bem mal encarado.
 
 

Frequentador assíduo



 
Mas a vez em que realmente passei a frequentar e jogar de verdade, lembro-me com exatidão qual foi o ano: 1999, pois estava na sétima série e com novos amigos. Cadillacs & Dinossaurs estava lá novamente, junto de Samurai Shodown IV, Kabuki Klash e o que me fez preferir jogos de luta: The King of Fighters 95. Tornou-se um hábito nosso: quase todos os dias, após as aulas, a gente passava lá pra jogar um pouco. Era bem barato, coisa de 10 centavos a ficha. Eu nem era bom, nem nada, muito pelo contrário, era bem ruinzinho em praticamente todos os jogos que tinha por lá! Meu irmão também me acompanhava em várias vezes - e um tempo depois era muito melhor que eu em qualquer jogo.
 
Passada essa época, a gente se afeiçoou do Play Station 1, mas só jogava coisa de uma horinha por vez, geralmente um game de luta como KOF 97 ou 98 (esse a gente jogou muitas e muitas vezes).
 
 

Como se diz por aí, chegou o dia que seria nossa última ida até lá, sem se dar conta e por causa de um tal de Ensino Médio. Foi também a eṕoca que parei de brincar com os bonecos da forma tradicional (trocando socos e chutes entre eles).
Então, praticamente 11 anos depois, pude voltar ao colecionismo e brincar novamente com os hominhos, que puderam demonstrar como era curtir um fliper na minha época de adolescente.


Fliperama nunca mais?



Longe disso! Em um dos aniversários do Oliver, a gente alugou uma máquina com vários jogos. Chutem aí qual se tornou o favorito dele! Isso, mesmo! Street Fighter encantou nosso pequeno de uma forma semelhante a de 1993.



Pra terminar e vocês entenderem o quão fraco eu sou em games, Oliver, iniciante e que mal sabe fazer um haduken, ganha pra mim de vez em quando. Ele ainda joga daquele jeito desesperado, apertando tudo o que é botão e mal solta um especial!

A gente só encontra essas máquinas em festinhas de crianças, pois o que pedem naquelas casas de jogos em Shoppings é um absurdo. Por fim, deixo aqui o meu registro de como uma paixão de 30 anos foi passada para meu filho! Sou admirador da franquia, conheço vários personagens, animes, filmes e não sei jogar.
 
Deixo como recomendação o anime Hi Score Girl, disponível na Netflix. Conta a história de um garoto que amava jogar Street Fighter nos fliperamas e queria ser o maior jogador, pelo menos do Japão, até encontrar uma garota que sempre o vencia com o Zangief. Toda aquela atmosfera dos anos 1990 em um anime bem divertido e nostálgico.

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Espero que vocês tenham gostado, pois foi gratificante lembrar e fotografar as figuras nesse ambiente! Se chegou até aqui, deixe sua história nos comentários!



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